segunda-feira, 27 de abril de 2015

O nascimento de um pequenino bebê... Meio brasileiro, meio americano!

Gente...

tô tendo taaaaaaaaaaaaanta participação especialíssima por aqui...

Hoje é dia da Ellen, uma amiga da adolescência que mora nos EUA há muitos anos! Foi pra estudar e lá casou! Esse ano nasceu seu filhote, o Wyatt!

E ela veio aqui, contar como foi esse dia especialíssimo!!!

E eu, estou agradecidíssima pela presença!!!! Já pensando em um novo tema pra ela escrever!!!!

Espero que vocês gostem, como eu gostei!

No dia 8 de janeiro de 2015 eu entrei em trabalho de parto do o meu primeiro filho. 
Naquele dia eu fui trabalhar normalmente,  porém desde o dia anterior eu estava com muitas dores nas costas. Sendo assim, resolvi levar uma compressa quente pro trabalho. Usei aquela compressa o dia inteiro. Ao almoçar com uma amiga, ela me disse que as dores nas minhas costas eram contrações. Eu não achava que era isso, então voltei ao trabalho e assim continuei ate as 19hrs!
No caminho de volta pra casa o trânsito estava horrível!!! Nevava muito e por isso todos dirigiam com cautela. As dores começaram a intensificar... Sentia tanta pressão que pensava que iria fazer xixi nas calças!!! Mas... teimosa como sempre, pensava que estava sentindo o “lightening” (quando o bebê encaixa pra nascer), não pensava que era contração.
Ao chegar em casa a minha cachorrinha, a Sasha, veio ao meu encontro e não me deixou sozinha mais. Me seguia de tão perto que eu quase pisava nela!!! Agora quando recordo o momento penso que provavelmente a Sasha já sabia o que estava acontecendo (ela com certeza sentiu que eu estava gravida antes mesmo de eu saber),por isso não saía do meu lado.   
Meu marido (Matt) estava insistindo pra irmos pro hospital mas eu falava que ainda não estava na hora. Ligamos pra madrasta dele, que foi enfermeira, explicamos o que eu estava sentindo. E o que ela disse? " Isso é contração! Pode começar a marcar o tempo entre elas e o tempo total delas". Ligamos para o médico em seguida, por insistência do Matt. Ele falou que não precisávamos ir! As contrações nao pareciam ser longas o suficiente... porém recomendou que se eu não sentisse o bebê movimentar por mais de 5 minutos e se tivesse presença de sangue,  deveríamos ir como cautela.
Depois de quase duas horas em casa, tomei um banho de banheira pra aliviar as dores (Sasha e o Matt sempre ao meu lado), lavei o meu cabelo porque não queria estar de cabelo sujo se tivesse de ir ao hospital e tentei dormir. De repente, senti uma vontade imensa de ir ao banheiro e foi quando vi a presença de sangue. Chamei o Matt e disse: Vamos agora!!!! 
A minha bolsa do hospital, a bolsa do bebê e a bolsa da Sasha (para ir ficar com a tia) já estavam prontas.  O Matt pegou tudo e arrumou no carro enquanto eu me vestia. Corremos pro hospital, ainda nevava muito, o Matt impaciente tentando dirigir rápido.  As contrações estavam mais próximas e fortes, a dor nas costas aumentava. A Sasha estava deitada no meu colo no carro e a cada contração ela lambia minha mão! Parecia dizer:“Mamãe, não se preocupe, você vai ficar bem”! 
Chegamos no hospital e o Matt me deixou na porta da emergência, já que tinha que esperar a minha familia Americana chegar para buscar a Sasha.  Eu entrei e eles me levaram ao andar da maternidade. A recepção me deu uns papéis rápidos para preencher e entrei. Já era meia noite do dia 9 de janeiro. 
Me colocaram em uma sala de triagem para verificarem  o desenvolvimento para ser admitida. A enfermeira checou minha pressão e chamou a “parteira” – em hospitais americanos você tem a opçao de ter uma parteira ou um médico (MD) . No meu caso eu teria um médico para o parto, mas na sala de triagem fica uma parteira ou um médico independente da sua preferência.
A parteira checou e me informou que eu estava com 90% do colo apagado e 4 cm de dilatação. Seria admitida, pois estava com bom desenvolvimento.  Optei por ter uma peridural, ela informou que isso aconteceria no meu quarto. Aqui nos EUA, o parto é feito no próprio quarto, somente se você fizer cesárea que vai para uma sala de cirurgia. Ela me explicou que as fortes dores que eu estava sentindo nas costas, durante as contrações, eram porque o bebê estava virado (rostinho pra cima). Ela iria me ajudar com um exercício para que ele pudesse virar o rostinho pro lado certo. 
Fomos admitidos e colocados no quarto 15. Assim que nos acomodamos a minha enfermeira entrou – eu teria uma enfermeira especializada em parto dedicada a mim. Ela ligou os monitores que monitorariam o meu coração e o do bebê, assim como a minha pressão.  O monitor também mostra quando uma contração está começando e quando esta terminando.   
Eu estava muito ansiosa, pois minha mãe estava chegando do Brasil na manhã seguinte e eu queria muito que ela presenciasse o nascimento do neto! Ainda bem que o trabalho de parto ainda estava no inicio!!! Tenho tido conversar longas com o Wyatt durante toda a gestação para ele saber que não poderia nascer antes da chegada da vovó.  
O meu médico nao estava de plantão e ele tinha uma cirurgia as 7 da manhã naquele dia. Ele me falou que viria me ver antes da cirurgia, mas que provavelmente ele não faria o meu parto. A médica que estava de plantão de imediato me perguntou se eu iria fazer uma cesárea, já que eu tive cirurgia de remoção de cistos no útero no passado. Eu falei a ela que não pois eu já tinha um planejamento de parto normal com o meu médico e somente fariamos cesárea se o bebê estivesse correndo risco. Ela ficou ansiosa!!! Disse que não sabia se era o mais viável... Assim que  a médica saiu do quarto, a minha enfermeira me tranquilizou!  Disse que esta médica provavelmente não estaria mais lá quando eu estivesse em parto ativo, e que eu nao precisava me preocupar! Aparentemente aquela médica era medrosa e qualquer mínimo risco ela nao tenta parto normal (ela era Indiana – não sei se influencia na decisão…). A minha posição era firme e afirmei a eles que não assinaria nada para cesárea, a não ser se fosse para a segurança do meu filho!! Aqui para a cesárea acontecer, você tem que assinar um papel autorizando o parto.  
A anestesista chegou a aproximadamente 1:30 da manhã para aplicar a peridural. Que hora tão esperada!!!! Eu estava com muita dor, devido a posição do bebê. Naquele momento estavam no quarto a enfermeira, a anestesista, o Matt e a Lynn (minha mãe Americana).  A enfermeia me ajudou a posicionar para a peridural (eu estava sentada na cama com as costas para a anestesista, o mais proximo dela possível e sem me mexer).  Enquanto a anestesista estava preparando a área eu senti que estava fazendo xixi!!!! Olhei pra enfermeira e disse: “Eu acho que estou fazendo xixi na cama”!!! Ela respondeu: “Não! É sua bolsa estourando! Provavelmente tem xixi também”. O processo da aplicação da anestesia demorou uns 25 minutos pois são bem cautelosos e tem toda uma preparação antes da injeção ser dada. Depois me senti muito melhor!!! As dores estavam controladas, apesar de ainda sentir a pressão (a peridural da uma sensação de alivio, na primeira hora a dor quase não existe e você relaxa bem, por isso dizem que talvez pode desacelerar o trabalho do parto, mas no meu caso isso nao occoreu. Eu me senti relaxada sim, mas o desenvolvimento continuou no mesmo ritmo).  
Como o Wyatt estava viradinho a enfermeira indicou que seria ideal usar uma bola de estabilidade, em formato de amendoim, entre as minhas pernas, para ajudar o bebê a virar para a posição ideal.  Então eu me deitei de lado e a cada 30 minutos ela vinha e me ajudava a virar para o outro lado.   Naquele momento a Shelley (madrasta do Matt – nao gosto de usar a palavra madrasta pois tem uma conotação negativa então... segunda mãe dele), tambem entrou no quarto para me ver. Como ainda nao sabíamos se minha mãe chegaria a tempo, a Shelley e a Lynn ficaram conosco para apoiar o Matt.  
A enfermeira pediu para eu tentar dormir, mas era impossível! O monitor apertava meu braço a cada 15 minutos para verificar minha pressão e a cada 30 a enfermeira entrava pedindo para eu mudar a posição. Então comecei a olhar o Facebook! Foi quando vi que o Matt já tinha anunciado para o mundo que estávamos no hospital!!!!!!!!!!!!! O status dele era: “It’s TIME for the main event of the evening” - Chris Buffer voz … Se você curte UFC você sabe o que ele quiz dizer!!!!!!!!!!! 
 O Matt e a Lynn estavam dormindo, eu não conseguia...  Quase 4 da manhã a minha enfermeira voltou para falar que ela iria embora, mas a nova enfermeira já estava vindo se apresentar. Ela me examinou e disse que o Wyatt já tinha virado e estava na posição correta, ou seja eu não mais precisaria da bola de estabilidade. Ufa!!!! Ela ajudava, mas era muito incômodo, pois você deita de lado com as pernas abertas o tempo todo! (A enfemeira não fica no quarto o tempo todo para termos um pouco de privacidade, mas tem um interfone que você pode ligar. Ela atende e vem a você quando necessário).   
A nova enfermeira chegou (Tasha). Ela era ótima, super atenciosa e tínhamos conhecidos em comum (trabalhava na mesma empresa do que eu).  
Só uma observação: eu achei que estaria uma bruxa xingando o Matt o tempo todo!!!! Que nada!!!! Olha a surpresa boa!!!! A todo tempo eu estava muito educada, pedia por favor, obrigada pra tudo!! Mesmo na hora de dor intensa. Ponto para o Wyatt!!!  
Em torno das 6 da manhã, a enfermeira me examinou de novo e falou que eu estava com 9 cm de dilatação. Ela achava que eu estaria fazendo força logo, mas eu avisei pra ela que eu já tinha conversado com o Wyatt durante toda a gestação. Ele esperaria a Vovó chegar do Brasil!!!!!   
 A minha mãe pousaria em Detroit as 7:10 da manhã e ela ainda não sabia que eu já estava no hospital em trabalho de parto.  O voô adiantou mas a alfandega e imigração estavam lentas (normalmente em Detroit o processo  super é rapido e sai em menos de 15min), mas demorou quase uma hora. As 7:30 o Ron(meu pai americano) me ligou e eu pude conversar com a minha mãe, eles estavam a caminho do hospital porém o transito era ruim pois ainda nevava muito.  Naquele momento enquanto eu falava com minha mãe, a enfermeira que me monitorava disse que a minha pressão subiu, mas ainda ficou abaixo do limite que seria preocupante. Minha mãe estava mais ou menos a uma hora do hospital devido ao trânsito. A enfermeira me tranquilizou. Disse o Wyatt estava bem e que parecia estar “slowing down”,  tipo esperando quietinho e não querendo sair ainda (totalmente oposto à informação que ela tinha dado às 6 da manhã).  Aquela notícia me deixou tranquila pois as minhas preces estavam sendo ouvidas  e o Wyatt iria esperar pela vovó.   
A minha mãe chegou ao hospital as 8:30 da manhã – eu fiquei emocionada, chorei, sorri, abracei!!!! Naquele momento a minha pressão subiu novamente, mas tudo estava tranquilo, o Wyatt estava bem! Foi um momento feliz ate a enfermeira abraçou a minha mãe, pois ela tinha ouvido a história toda de como ela estava pra chegar!! A enfermeira brincou que agora ele podia sair.   
Agora o meu time estava completo!!!! As melhores e mais fortes pessoas da minha vida estavam ali comigo: minha mãe, a Lynn, o Matt e a Shelley.  O Wyatt ficou quietinho, a Tasha brincou que ele não queria sair mais pois eu fiz ele esperar. Eu brinquei e disse: “Este moleque é metade brasileiro! Ele não vai chegar na festa na hora marcada! Ele vai chegar atrasado, no mínimo, duas horas! ”. Todas riram!!!! Minha mãe veio me dizendo: "Por que você esta tomando remédio (peridural)??? Tem que fazer tudo natural pra sentir a dor e saber que tem que fazer força!!” Naquele momento eu respire fundo e disse: “Mãe, tenho um planejamento de parto que já foi discutido com o meu médico. Este plano incluiu a peridural. Não se preocupe pois ainda sinto um pouco de dor durante as contrações e sinto pressão. Eu saberei quando terei de empurrar!”. Me surpreendi comigo mesma, já que naquele momento eu pensei: a “Ellen normal” iria ter xingado demais!!!!! kkkkkkkkkkk  
O meu médico veio me ver antes da cirurgia que ele iria fazer . Disse que havia conversado com a médica de plantão e informado a ela o nosso planejamento de parto. Eu não precisaria me preocupar pois a médica sabia que faríamos o parto normal e que a cesárea era a última opção. Ele me deixou tranquila e disse que voltaria pra me ver depois da cirurgia, mas devido ao meu progresso provavelmente o Wyatt estaria nas minhas mãos antes que ele chegasse. Ele viu a minha mãe e brincou: "Ah, ela chegou!!! Então agora  ele vem!!!".  
Para passar o tempo, o Matt começou a tocar umas musicas da University of Michigan pra mim. Ele disse que era pra preparer o Wyatt e a mamãe para o “game”.  Na noite anterior em casa o Matt tambem tocou as musicas da Michigan que eu gosto! Tocou o Hino da escola (fight song), uma música que uma banda criou homenageando o time de futebol da escola e o discurso de um dos maiores treinadores de futebol da historia da escola (Bo Shchembekler – chamado THE TEAM). A brincadeira foi então que “the TEAM” as mulheres na sala estariam se preparando para chegada do Wyatt.   
Pouco tempo depois eu olhei pra enfermeira e disse: "É... agora eu tenho que fazer força!". Eram exatamente 10:26h, praticamente duas horas depois da chegada da minha mãe. Naquele momento a enfermeira chamou a médica e começamos! Todas contavam minha respiração, o Matt segurava minhas costas, a Lynn minha mão esquerda, minha mãe e a Shelley seguravam os meu pés para que eu pudesse fazer mais força. O processo foi longo, eu sentia as contrações e estava ansiosa. Queria fazer força o tempo todo, mas a enfermeira monitorava pelo aparelho e dizia que não adiantava... sem a contração eu estava me cansando... Antes de cada nova força para ele sair eu perguntava se as meninas estavam prontas, a enfermeira ria e dizia não precisa perguntar… você é muito educada pra estar em trabalho de parto (ela já tinha brincado que eu nao parecia funcionaria da Lear pois eu nao tinha xingado palavrão ainda e no nosso setor somos conhecidos por usarmos muito as F-bombs).  
Depois de uma hora fazendo força me enchi de emoção e comecei a chorar!!!!  A minha mãe Americana, Lynn, estava ao meu lado e disse: “Ellen pode chorar, respire e relaxe...” . Ela me disse isso em inglês. Quase imediatamente apos ela terminar de falar a minha mãe me disse em português: “Ellen pára de chorar e continue a fazer força!!! Anda logo!!! Seja forte!!!". Eu nao aguentei e comecei a rir, rir muito!!!!!!!!!!! A enfermeira perguntou o que era já que ao mesmo tempo que eu chorava eu ria!  Eu contei a todos e expliquei pra minha mãe a controvérsia das duas e todo mundo começou a rir. 
 A minha mãe não entedia porque eu parava de fazer força devido a contagem de respiração que a enfermeira estava fazendo. Pedi a ela para olhar pra Shelley pois as duas tinham que apenas segurar a minha perna! Eu que tinha de empurrar e fazer força!!!!
 A médica saía e entrava da sala, pois ela percebia que o bebê ainda estava longe de sair. Quando o momento aproximou ela ficou na sala o tempo todo. Várias vezes me ofereceram um espelho para que eu pudesse vê-lo coroar e incentivar a fazer a força final. Eu recusei o espelho, pois estava com medo de ver o que estava acontecendo lá embaixo.  Quando a cabecinha dele apareceu de novo a médica perguntou se eu queria pegar na cabecinha dele, recusei também.   
Minha mãe tinha ido sentar no sofá do quarto, a Shelley ficou preocupada... Olhei e vi minha mãe rezando com a biblia aberta. Perguntei se ela estava bem e ela me disse que sim, estava fazendo o que sabia fazer de melhor: Rezar...  
Depois de varias ofertas finalmente eu aceitei o danado do espelho!!!!! Foi estranho ver o que estava ocorrendo lá embaixo, mas ao mesmo tempo me ajudou! Teve uma hora que vi a cabecinha dele e parecia que ele ia sair, mas quando respirei ele voltou!!! Foi este o único momento em que falei um palavrão: “ Get out of there little fucker!!!”. A enfermeira riu e disse: “Ah!!! Aí está a pessoa da Lear que conheço!!!”.  Já eram quase 12:10h, quase 2 horas que eu estava fazendo força. A médica queria me dar um remedio pra ajudar, mas eu recusei.   
Depois de mais umas respirações/contracões finalmente eu senti que ele estava saindo. 
Na terceira respiração daquela contração, ele saiu! Exatamente as 12:23 o Wyatt nasceu. Que emoção grande!!!!!!!!!!! Eu chorava de felicidade e chorava pois estava tão cansada que eu não sabia se eu iria ter conseguido fazer mais força se fosse necessário. Imediatamente, ainda com o cordão conectado a mim, colocaram o Wyatt no meu busto. Chamam de pele a pele, importante para sinalizar ao corpo que o bebe nasceu e para o bebe ter um contato saudável com a mãe. A médica deu a tesoura pro Matt e ele cortou o cordão umbilical (eles nos deram a tesoura).
Deixaram o Wyatt em meu busto por uns 10 a 15minutos.De bruços, ele começou a procurar o meu peito, mexeu a cabecinha ate achar e logo foi tentar mamar!!!  Fiquei impressionada com o trabalho de Deus e como somos feitos. Enquanto eu segurava ele a médica me costurava. No hospital que eu estava eles nao “cortam”, deixam a vagina rasgar se necessario. No meu caso rasgou e precisei de pontos internos. Eu estava tão concentrada no meu filho que eu nem sabia – o Matt e a Shelley que me contaram.  
Wyatt nasceu com 52cm, 3,340Kg.
Estavámos todos emocionados, todos chorávamos e falamos juntos: THE TEAM!!!!!!!!!! Foi uma experiência única, emocionante, que nunca irei esquecer.   
O hospital – Henry Ford West Bloomfield, é otimo, parece um spa. Os funcionários são exemplares, as enfermeiras super atensiosas e tem “consultoras de lactase”, enfermeiras especializadas em amamentação que ajudam a mãe a amamentar o filho. Toda hora que eu tentava amamentar eu chamava a enfermeira para me ajudar, pois pra mim era muito importante fazer o máximo que eu pudesse para que o Wyatt pegasse o peito bem e eu produzisse o leite necessário.  
O meu médico veio me ver depois da cirurgia dele e para conhecer o Wyatt.  
A primeira noite minha mãe ficou comigo e o Matt foi pra casa dormir, só que antes disso o Matt a levou em casa para tomar banho, já que ela ainda estava no hospital direto do aeroporto.  Fiquei sozinha com o Wyatt (ele fica no quarto com você o tempo inteiro, não tem berçário), mas se ele precisasse de trocar uma fralda a enfermeira viria fazer, pois eu ainda não podia me levantar naquele dia.  A enfermeira me dava uma compresa com gelo para colocar dentro da calcinha para ajudar com o edema e sempre trocava o absorvente, já que sangrava muito ainda, o médico indicou que isso era normal pois o útero ainda estava contraindo para voltar ao tamanho normal. 
A segunda noite o Matt ficou comigo e minha mãe foi pra casa dormir. Ficamos no hospital até o domingo a tarde (o Wyatt nasceu na sexta feira).  Eu poderia ter ficado até na segunda, pois o Wyatt ainda precisava de fazer um outro teste no dia seguinte já que estava um pouco amarelinho (dentro dos limites mas na borda). Mas o Matt queria ir pra casa e no dia seguinte levariamos o Wyatt ao pediatra para verificar.  
Ainda nao acredito que sou mãe, um presente de Deus!!!!!!!!! Agradeço a Deus por ter me dado a oportunidade de ter um parto normal, agradeço pela saude do Wyatt, pelo time incrível que tive ao meu lado a todo o tempo: THE TEAM (Matt, mãe, Lynn, Shelley, Tasha).  Sou uma pessoa extremamente abençoada. 
Ellen, uma itabirana, brasileira meio americana!
Esposa do Matt
Mãe da Sasha e do Wyatt

quinta-feira, 16 de abril de 2015

A história de uma vitoriosa!

Gente,

hoje eu tô explodindo de alegria!!!!

É com muuuuuuuito amor que eu compartilho com vocês a história de uma menina linda e vencedora!
Conheci a Renatinha quando trabalhei no Madre Teresa. Trabalhávamos juntas no pique de uma UTI. Quando eu ajudei uma amiga, na divulgação da campanha de doação de medula óssea em 2012, ela ficou sabendo e me falou: "Lu, já tive Leucemia! E hoje estou aqui!".

Agora, em meio a uma nova campanha, que contagia muitos amigos próximos, eu convidei a Rê pra falar um pouquinho da sua história!

Espero que vocês sejam inundados da mesma onda de positividade que eu fui!!!

Obrigada, Renata!
Você é uma grande vitoriosa!!!

Receber o convite da Lu para compartilhar a minha história foi um verdadeiro presente.
Eu sou Renata, tenho 35 anos, fisioterapeuta e vencedora da luta contra a leucemia há 13 anos.
Sempre fui uma menina saudável e vivia uma vida normal.  
Aos 22 anos, numa consulta de rotina relatei alguns sintomas ao médico, e após exames fui diagnosticada com Leucemia Mielóide Aguda.
Foi o início da luta a favor da vida!
Quando recebemos um diagnóstico assim, por nossa cabeça passa um filme. Então quando me veio a incerteza sobre "o amanhã", eu decidi viver "o hoje".
Iniciei o primeiro ciclo de quimioterapia 24 horas após o diagnóstico e confesso, não foi fácil. Vieram os sintomas, as consequências boas e ruins de um tratamento intensivo para exterminar as células malignas. E quando o meu cabelo se foi, o medo chegou. Foi só então que percebi que doía demais em mim passar por aquele momento. Chorei e sofri, mas enxerguei meu mundo além daquele instante.
Eu sonhava e ansiava por viver, afinal só tinha 22 anos, mas o futuro ainda era incerto. Decidi chorar quando estivesse com vontade, mas decidi sorrir mais alto e de verdade, porque o que importava era o Hoje. Amanhã, se chegasse, eu decidiria o que fazer. 
Ficar sem cabelo, sobrancelha e cílios foi apenas um mero detalhe. Eu olhava para o espelho e começava achar bonitinha a minha cabeça lisa e redondinha. Era uma visão nova sobre mim. Passei a não usar lenços, chapéus ou qualquer outra coisa, simplesmente assumi minha careca. E fui muito mais feliz assim! 
Assumi o controle do que me faria feliz naquele dia. Sempre eu dizia que estava bem, agradecia a Deus por ter acordado naquele dia, recebia um beijo de amor da minha mãe e o dia começava. Cada familiar, cada visita, cada enfermeiro, médico, faxineira, copeira, fazia o meu dia especial e eu agradecia a Deus no final por eu ter sido tão abençoada naquele dia!
Foram 4 meses e meio de internação. Uma luta travada contra a leucemia. Foram 3 anos de quimioterapia, afinal, eu não tinha doador de medula óssea e queria viver. 

Eu venci, mesmo quando tudo parecia ter acabado. Nada teria sido possível sem Deus, família, amigos, fé, esperança e determinação! 

A vida voltou ao normal após 1 ano de tratamento. Retornei à faculdade e me formei. 
Hoje a vida faz outro sentido para mim. Consigo ver as dificuldades com outra perspectiva. Consigo admirar o dia chuvoso e o dia ensolarado com um olhar mais sereno. Consigo admirar o canto dos pássaros, o sorriso de uma pessoa, a experiência de um idoso. A vida tem muito mais sentido.
É muito importante sonhar e idealizar o amanhã, mas o que vale a pena mesmo é hoje!
Um grande beijo!
Renata Farias Silva.

Renata Farias
Fisioterapeuta, vencedora e linda!!

terça-feira, 7 de abril de 2015

Organizando peças íntimas

Se tem uma cosia que é bem facinho de organizar (e igualmente de desorganizar) é a gaveta de peças íntimas!

Hoje existem diversos organizadores destinados a esse tipo de peça, mas nada melhor do que começar com a forma de dobrar, certo?





Depois de tudo dobrado corretamente, hora de encaixar direitinho na gaveta. Aí, entram em cena, os organizadores!!!











Dá até gosto, depois de ver essas fotos, não é?
Mãos à obra???